A História da Banda da Covilhã começa no ano da elevação da Covilhã a cidade em 1870. Nessa altura existiam duas “musicas” na cidade e durante três dias festejaram a efeméride. Com dados e factos a atual Banda da Covilhã é oriunda de uma dessas “musicas” que teve várias denominações como por exemplo: “Banda Independente”, a qual por motivos de ordem política, e em consequência de ordens superiores, foi encerrada em 1937, tendo na altura revertido todo o património da Associação para os poderes públicos.
Assim, um grupo de homens imbuídos pelo espírito associativo, quase ausente na época, fizeram ressurgir o Movimento Musical na Covilhã através da implementação de uma renovada “BANDA” decidida e, Assembleia Geral de 28 de Agosto de 1944, então, efectuada no salão da Associação dos Socorros Mútuos da Covilhã. Foi nessa reunião presidida pelo Senhor Francisco Rodrigues Pintassilgo, aclamado por unanimidade, e da qual saiu a Comissão Organizadora da que é hoje – a Banda da Covilhã.
Relembra-se os nomes que participaram na referida Comissão: Mário Quintela, António Rodrigues Pintassilgo, Francisco Rodrigues Pintassilgo, António Gomes, José Paiva, Manuel F. Duarte, Manuel Matias de Figueiredo, Francisco da Cruz Coelho, José Martinho, António Torrão, Francisco F. Nascimento, Mário Bicho Cardona, José Maria Maranhas Mousaco. José da Costa Farias e José Antunes dos Reis.
Foi nesta reunião, aprovada a Lei Estatutária que ficou a reger a Associação, tendo na altura dada a sua assinatura alguns músicos da extinta BANDA INDEPENDENTE. Estes elementos fizeram parte do corpo musical que actuou na primeira saída da Banda da Covilhã, no dia 1 de Dezembro de 1944. Com este movimento, emergiu uma nova energia, que levou à constituição de corpos gerentes para a colectividade, tendo a 28 de Dezembro de 1944 sido eleita a 1ª Direcção da A.R.M.C.
O movimento musical de então tinha tal espírito que, anualmente na passagem de cada aniversário, em seu redor, envolvia um número significativo de associados, que com ele percorriam as ruas da cidade.
Não é difícil perceber que enraizada num espaço fundamentalmente fabril, acompanhada no afecto pelo operário do local, a Banda da Covilhã viveu até 74 convulsões sociais de todo próprias para o seu engrandecimento.
Em 5 de Maio de 1992 esta Associação foi vítima de um violento incêndio que destruiu a sua sede (Travessa do Senhor da Paciência), deixando apenas as cinzas de todo o seu instrumental e de todo o património valoroso existente nesta Associação. Com o aparecimento do dia, um amigo desta Associação dizia: “ A Banda ardeu, mas não morreu”. Então a actual direcção liderada por António Moreira (hoje presidente da Assembleia Geral) em conjunto com os músicos e amigos da Associação e com as entidades oficiais, nomeadamente a Turiestrela, que de imediato dispensou duas salas do seu edifício para recomeço dos trabalhos, o Governo Civil de Castelo Branco, a Câmara Municipal da Covilhã, Juntas de Freguesia, o Inatel, Secretaria de Estado da Cultura, duas Empresas Fabris, população em geral e ainda muitas associações de Portugal Continental e Ilhas, tornou possível que em 20 de Outubro de 1992 a Banda da Covilhã saísse para a rua entoando o seu novo repertório e agradecendo a toda a comunidade.
Em 1 de Dezembro de 1992, aquando da comemoração do seu aniversário, a Câmara da Covilhã inaugurou a nova sede, cujas instalações foram cedidas por esta entidade.
Ao longo destes anos participou em vários festivais, conjuntamente com algumas Bandas de grande prestígio musical, percorreu também várias cidades, vilas e aldeias de Portugal, fazendo muitas atuações e levando a conhecer a cidade da Covilhã.
A vida atual da Banda da Covilhã é hoje um marco na grande cidade da Covilhã. A Academia de Música representa a sua maior aposta, com mais de 100 alunos. Um corpo docente qualificado e um ensino gratuito (para alunos carenciados) despertam nos mais novos talentos no campo dos sopros e da percussão. Neste âmbito lançou vários projetos como as Férias Dó-Ré-Mi e Fá-Sol-Lá. Ao nível da Orquestra de Sopros da Covilhã lançou vários concertos temáticos onde se destacam por ordem cronológica no ano: Concerto de Primavera; Moda e Música; Concerto de Gala - Cidade da Covilhã e Concerto de Natal. É seu diretor Artístico Eduardo Cavaco e Maestro Carlos Almeida.
Em 2006 lança um dos seus maiores projetos, a Banda Sinfónica da Covilhã, um projeto que visa criar as condições para uma Orquestra semiprofissional. Funciona por estágios e até à presenta data já realizou a 1 ou 2 por ano, tendo efectuados concertos na Casa da Música (Porto), Zamora e Castelo Branco, Covilhã.
Paralelamente à atividade Musical, é responsável ou co-organizadora em vários eventos de índole cultural na cidade, como por exemplo: "Com a Banda da Covilhã, até os Santos Dançam", Brincolândia, Festival da Cherovia.